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Artigo 225, CF:

"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"

 

Jornal da Tarde

Quarta-feira, 24 de novembro de 2004

ONG cuida dos 109 galos salvos de rinha

As aves estão sendo tratadas e monitoradas o dia todo por veterinários e biólogos da entidade de proteção a animais Rancho dos Gnomos, em Cotia. Elas foram apreendidas no domingo, em um galpão de Itapecerica da Serra. Na operação, liderada pela polícia de Taboão da Serra, 17 pessoas acabaram presas

CHARLISE MORAIS

 

É dramática a situação dos 109 galos apreendidos em uma rinha, no domingo, em um galpão de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. As aves estão cegas e com vários cortes e hematomas graves. Muitos galos também perderam as cristas. Todos foram levados para a sede da organização não-governamental ONG Rancho dos Gnomos, em Cotia, que cuida de animais abandonados, e estão sendo tratados.

"Foi uma situação horrível. Eu já vi chacina, mas isso aqui é muito pior, porque os bichinhos são indefesos", disse o investigador Carlos Roberto Lages, da Seccional de Taboão da Serra, que comandou a operação no domingo. Lages ajudou a levar as aves para a sede da ONG.

A fundadora do Rancho dos Gnomos - que existe há 14 anos -, Silvia Pompeo, contou que, no galpão usado para as rinhas, as aves eram mantidas em caixas de madeira apertadas. "Os galos ficavam em compartimentos minúsculos, sujos e mofados. Nessas situações, o risco de infecção é muito grande."

No Rancho, os animais agora passam por tratamento com veterinários, biólogos e enfermeiros. Além de recuperar a saúde dos bichos, os especialistas tentam "desprogramar" o instinto de luta dos galos, brutalmente alterado pelos treinadores. Os animais que se encontravam em melhor situação de saúde foram soltos em uma área cercada, mas outros ainda são mantidos em caixas, até que haja condições de libertá-los.

"Quando soltamos os animais menos machucados, eles começaram bicar a si mesmos, os outros, pedras e até os funcionários. Agora, há cinco pessoas o dia todo com os bichos, separando as brigas, até que eles se acostumem a conviver uns com os outros", explicou Silvia.

Para condicionar os galos às rinhas, os treinadores dão altas doses de anabolizantes para os animais, que também têm as esporas cerradas e as coxas depenadas, para possibilitar a introdução de agulhas. Como conseqüência, os galos desenvolvem problemas de junta, perdem a coordenação motora e adquirem necrose muscular.

De acordo com Silvia, os animais apresentam essas seqüelas depois de soltos por até um ano e meio. Nesse período, muitos morrem. "Eles caem de lado e começam a convulsionar. A realidade é cruel demais."

Site defende rinhas de galo

"Não critique o galismo sem antes conhecer todo o processo de criação e respeito a estes animais." Esta é a frase que recebe os visitantes do site www. combatentes.com.br, voltado a praticantes de rinhas. No entanto, os criadores da home page não mencionam o que ocorre com os animais depois que eles são inutilizados pelas lutas.

A pena para quem pratica rinhas pode chegar a um ano de detenção, além de multa. As 17 pessoas presas no galpão de Itapecerica, em flagrante, podem pegar punições maiores, já que foram indiciadas também por formação de quadrilha.

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