Sobre a ASERG  

 

  :: Missão

  :: Objetivos

  :: Diretoria

  :: Parceiros

   Nosso Trabalho 

  :: Histórias

  :: Atividades 

  :: Fotos

  :: Imprensa

  :: Boletim

  Animais e afins 

  :: Maus-tratos

  :: Links

   Fale Conosco 

  :: Cadastro

  :: Associe-se!

  :: E-mail

 

Artigo 225, CF:

"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"

 

Sagüis: mais alguns exemplares encaminhados ao Rancho

Os sagüis-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) recebem este nome devido a pelagem na orelha se apresentar com um tufo branco. São animais que pesam 240 gramas, tem aproximadamente 30 cm de corpo, uma cauda de 35cm não prensil e podem viver até 20 anos. Possuem unhas longas em formas de garras, exceto o polegar, que servem para pegar insetos e larvas no interior de galhos de árvores.

Vivem nas florestas da América Central e do Sul. No Brasil são encontrados na Mata Atlântica e Floresta Amazônica. Os sagüis vivem em grupos pequenos (podendo ser encontrado sozinho ou aos pares) e dependendo se a área não foi atingida pelo homem chegam a ficar em bandos com 30 indivíduos ou mais. Alimentam-se de frutos, pequenos insetos e larvas, goma de algumas árvores.

O período de gestação de um sagüi é de 14-150 dias e normalmente parem gêmeos. O pai na família é quem participa ativamente da criação dos filhotes que só se agarram às mães para se alimentarem. 

A descrição acima é a forma como estes animais encontram-se na natureza, livres da ação do ser humano. O grande problema é quando “nós” interferimos, veja os casos a seguir: 

 No dia 27 de setembro passado, segunda-feira, o delegado Dr. Alexandre Miguel Palermo, da Polícia Civil de Cotia, encaminhou através dos agentes 3 sagüis ao Rancho dos Gnomos. Tudo começou com uma denúncia de tráfico de drogas. Durante a investigação, os Policiais encontraram na casa um pé de maconha e os sagüis, que estavam com uma senhora que os mantinha em gaiolas, no fundo de sua casa sem água ou comida, como relatou o Policial ao Rancho, às 20h30 daquele mesmo dia. A mulher hoje encontra-se detida por tráfico de drogas e animais segundo a lei de crimes ambientais. 

Mais quatro sagüis foram encaminhados ao Rancho dos Gnomos às 18 horas do dia 28 de setembro passado. O Corpo de Bombeiros de Cotia recebeu um chamado de que um bando de sagüis estava em um determinado local e a população estava atirando pedra neles e tentando pegá-los. De tanto pularem de um local para outro, um dos micos acabou levando um choque e caiu de uma altura de cerca de 2 metros. Com isso o bando ficou mais vulnerável tornando mais fácil a captura dos mesmos pelos bombeiros. Depois de capturados foram colocados em uma caixa muito precária, mas a única que os bombeiros tinham, para o transporte de serpentes. 

Nestes dois casos, o ser humano interferiu e muito, com o grande crescimento populacional, com a derrubada de árvores, a destruição em massa das florestas, estes animais vêm para cidade em busca de comida e sem que percebam acabam sendo perseguidos pelas pessoas, que lhes atiram pedras ou tentam pegá-los para os terem como animais de estimação.

No caso da mulher que os mantinham em gaiolas sem água ou comida fica claro a situação de tráfico de fauna silvestre, que é um crime ambiental. Neste caso o animal é retirado da sua família e comercializado como um simples objeto. O que muitas pessoas não sabem é que para cada animal retirado da natureza, no caso dos sagüis, 8 do seu bando acabam morrendo, pois ficam vulneráveis ao ataque dos predadores, uma vez que o bando se separa em uma busca desvairada pelos que lhes foram roubados.

E assim o Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos acaba recebendo um número cada vez maior de sagüis, que agora são tratados com todo o respeito e carinho que merecem, mas poderiam estar brincando nos galhos das matas brasileiras.

   

anterior        Página Inicial          próxima