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Sobre a ASERG
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Sagüis: mais alguns exemplares encaminhados ao Rancho Os
sagüis-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) recebem este nome
devido a pelagem na orelha se apresentar com um tufo branco. São animais
que pesam 240 gramas, tem aproximadamente 30 cm de corpo, uma cauda de
35cm não prensil e podem viver até 20 anos. Possuem unhas longas em
formas de garras, exceto o polegar, que servem para pegar insetos e larvas
no interior de galhos de árvores. Vivem
nas florestas da América Central e do Sul. No Brasil são encontrados na
Mata Atlântica e Floresta Amazônica. Os sagüis vivem em grupos pequenos
(podendo ser encontrado sozinho ou aos pares) e dependendo se a área não
foi atingida pelo homem chegam a ficar em bandos com 30 indivíduos ou
mais. Alimentam-se de frutos, pequenos insetos e larvas, goma de algumas
árvores. O
período de gestação de um sagüi é de 14-150 dias e normalmente parem
gêmeos. O pai na família é quem participa ativamente da criação dos
filhotes que só se agarram às mães para se alimentarem. A
descrição acima é a forma como estes animais encontram-se na natureza,
livres da ação do ser humano. O grande problema é quando “nós”
interferimos, veja os casos a seguir: No dia 27 de setembro passado, segunda-feira, o delegado Dr.
Alexandre Miguel Palermo, da Polícia Civil de Cotia, encaminhou através
dos agentes 3 sagüis ao Rancho dos Gnomos. Tudo começou com uma denúncia
de tráfico de drogas. Durante a investigação, os Policiais encontraram
na casa um pé de maconha e os sagüis, que estavam com uma senhora que os
mantinha em gaiolas, no fundo de sua casa sem água ou comida, como
relatou o Policial ao Rancho, às 20h30 daquele mesmo dia. A mulher hoje
encontra-se detida por tráfico de drogas e animais segundo a lei de
crimes ambientais. Mais quatro sagüis
foram encaminhados ao Rancho dos Gnomos às 18 horas do dia 28 de setembro
passado. O Corpo de Bombeiros de Cotia recebeu um chamado de que um bando
de sagüis estava em um determinado local e a população estava atirando
pedra neles e tentando pegá-los. De tanto pularem de um local para outro,
um dos micos acabou levando um choque e caiu de uma altura de cerca de 2
metros. Com isso o bando ficou mais vulnerável tornando mais fácil a
captura dos mesmos pelos bombeiros. Depois de capturados foram colocados
em uma caixa muito precária, mas a única que os bombeiros tinham, para o
transporte de serpentes. Nestes dois casos, o ser humano interferiu e muito, com o grande crescimento populacional, com a derrubada de árvores, a destruição em massa das florestas, estes animais vêm para cidade em busca de comida e sem que percebam acabam sendo perseguidos pelas pessoas, que lhes atiram pedras ou tentam pegá-los para os terem como animais de estimação. No caso da mulher que os mantinham em gaiolas sem água ou comida fica claro a situação de tráfico de fauna silvestre, que é um crime ambiental. Neste caso o animal é retirado da sua família e comercializado como um simples objeto. O que muitas pessoas não sabem é que para cada animal retirado da natureza, no caso dos sagüis, 8 do seu bando acabam morrendo, pois ficam vulneráveis ao ataque dos predadores, uma vez que o bando se separa em uma busca desvairada pelos que lhes foram roubados. E assim o Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos acaba recebendo um número cada vez maior de sagüis, que agora são tratados com todo o respeito e carinho que merecem, mas poderiam estar brincando nos galhos das matas brasileiras.
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